domingo, 10 de fevereiro de 2008

acrescE.


Precisava escrever uma palavra. Precisava. Daquelas necessidades da alma Antes era o verso. E o verso escondeu-se. Mudou de novo. E então acabou. Agora a palavra, o direto. O enfeite do criado mudo e a meia luz do abajur.
Pense em tudo o que precisava. Pense no seu desejo e ele já está realizado.

Alguns dias são iguais aos outros dias, e tão diferentes. E a feliz idade cega os pensamentos.
E a companhia do doce sonho, cúmplice dos sentidos, afeta e encerra mais uma jornada.
E o avesso da voz é o silêncio.

Acende uma vela.
Muda um sorriso.
Acresce um pensamento.
E cresça.


E o que antes fez um sentido imenso, hoje são somente lembranças.E lembrar tem o estereotipo do triste. É um espelho de moldura azul claro, gelado, e a sua face pálida com um sorriso pequeno, quase ironia, se não fosse o real sentido do sentir-se real. Ironia era mesmo ser isso tudo somente pensamento.

E o seu sorriso é o mais lindo que se podia imaginar, porque a sua felicidade foi lapidada. Piada de fazer chorar. De alegria.

Como um quadro. O prego preso no vertical próximo da memória. A poeira é a fria do trivial descaso, e não se salienta em nada. E por ser memória, é distante que não nota. E o que antes fez um sentido imenso, hoje são somente lembranças, que oscilam entre a nobre verdade e a proteção eterna.

http://br.youtube.com/watch?v=LiDpMfEeo3Q
E a alegria.

Nenhum comentário: