sábado, 10 de novembro de 2007

Enleios.


Mas eu notei que beira a ausência.
Não sei ao certo se bem ou mal, mas permeia...
o pensamento.
o batimento (cardíaco).
o animo (e a vontade de ver se o céu tem estrela).
Não interessa se, num belo dia, a lua resolveu não aparecer. A lua existe. Saber que a lua existe faz de mim o ser mais feliz, ...e isso não é frase de poeta que se enche de um lirismo velho e amarrotado, porque não tem mais onde se apegar a não ser em seu voar (do latim Volare; fig.: deixa-se levar em pensamentos)
É lirismo de quem sonha, mesmo esquecendo-se que o céu tem estrela.

E o céu tem cor de nuvem, e aos poucos, comprovou-se.
Tem sabor de alegria, e ‘ai’ de quem quiser contrariar a felicidade. Porque ela é assim, simples. E de tão simples, incompreensível. Ora têm-se perto, ora têm-se finita. Porque o finito é incerto, e o incerto faz de si um curioso.
E a curiosidade (aquela que não te faz olhar para o céu e averiguar o estado das estrelas) aquela é infinita, por isso estende os braços e abraça o mundo.

O curioso não somente espera saber-se como começa a propagar os seus dizeres: 'serei o que sou, em nova versão editada'.
É curioso quando o texto escreve-se sozinho... e ele fez isso o tempo todo.
Serei a hipérbole da minha própria essência, inalterada eternamente, até que o fim acabe.
Com detalhes que, cuja raiz desconheço, desfecha-se com um fêcho, um laço, e nada mais caberia na roda.
Consumam-se os abraços!

L
ogo quando as primeiras frases falou, seus olhos se encheram de lágrimas. Era mesmo o intermediário assombro da novidade que o tornara absurdamente sem... sempre em frente! Sempre atento! Claro, por mais que o tempo passe e as pessoas chorem, ele deve manter a calma. É a calma dos dias que o completa de alegria (aquela alegria que sempre faltava, que sempre sorria).
E então ele já não precisa de mais nada (a não ser que aconteça de existir uma imensa ausência, então é hora de voltar atrás... mesmo que seja impossível).

Vê-se piada em tamanho descaso, monta a mochilinha de um novo (pseudo) recato, sai passear com seu antigo gênero de utopia (sórdida)... e nunca mais me encontre neste mundo (piada pronta, nunca mais me encontre neste vazio)(porque o ser humano é tão impressionável ‘que pode morrer de imaginação’)Eu não peço nada. (talvez) peça um pouco da pressa.

Então pedi varias coisas para que as venturas pudessem se encarregar de resolver. Peço o impasse do impossível. O planejar. E então o ímpeto de descobrir que não podemos pedir nada... (tavez agradecer a tudo? penso que não... não podemos aceitar tudo). Penso que poderia ser só o passar. Que passou. E agora o tempo já não cabe mais na mão de quem escolheu-se pra si, e não cabe mais aquilo tudo que ocorreu em decorrência do esquecimento (passageiro) do significado de alguns pormenorezinhos pititicos assim, miúdos.
E as pessoas podem fazer o que elas quiserem, porque cada um pede o que quiser para a própria vivência. Desde o eu até o que fez-se de mim.... E não precisamos saber de mais nada.

A realidade é que é tão bonito a autenticidade. Mas a malvada é tão diferente da verdade, e do sonho, e de tudo mais... Por isso as pessoas não creditam muito a sua esperança neste símbolo tão humilde.
fidedigno de... e por aí vai...
Pode até ser que a verdade que lhe pedi tenha assim sido, realmente, mas a autenticidade deixa-me como alguém que espera o absoluto, e ainda espera...
Meu medo mesmo é a inexpressividade. Ausência própria da presença.

Mesmo que falte o supérfluo dos apaixonados, e mesmo que me falte a segurança da fortuna... se falta-me expressão, apaga-me o calor que nasce do coração.
E não é rima. Isso não é rima. É o extremo.
Se meu grito não tem som, e se minhas mãos cansam-se em afagos incisos, falta-me tudo.

O extremo é cada pontinha de uma fita colorida.
A fita enfeita, a fita enforca.

Não é de graça que meus anseios foram findados. Fundamentos, finalidades, existem trejeitos que assombram, e os que encantam... e se meus anseios findados em minha realidade insistem fugir-se de mim, a pessoa que os criou, o que faltaria pra tê-los novamente?
'Todas as coisas importantes são realizadas com o coração despreocupado"
...Você corre, chora, atua dentro de sua naturalidade calma e impaciente. Tentou o supérfluo apaixonar-se. Tentou a segurança da fortuna... Ledos enganos que convidam novos desenganos.
Nós somos os incompreensíveis ditadores de pequenas verdades...
Nós somos os verdadeiros últimos românticos que o mundo poderia suportar!
Melhor poesia é aquela que não sabe fazer rima.
Que tem o som que se afina pra falar manso ao pé do ouvido. Que cala e não consente, mas esta ali e sente.

http://br.youtube.com/watch?v=wP1jXzynHXE
Parece que este imenso resolvido resolveu voltar-se a favor do sol, e deixar as sombras para trás. Sabe-se, todos sabem... Parece que não tem i sem ponto, nem pingo.
Pingos de chuva deixaram o orvalho frio da manhã do dia seguinte ainda mais brilhante.

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