Talvez não tivesse olhar nenhum, então.
Talvez fosse mesmo uma imagem criada – um desejo. Um desejo cheio de bons pormenores desajustados. E ela abriu os olhos. O frio parecia pior, a chuva chegara em pingos brilhantes, insistentemente molhavam sua alma de grandes dúvidas. Duvida da alegria, duvida da tristeza. Verdades e mentiras não tem personalidade única.
Por não conseguir lidar com o próprio, duvida do amor do outro. Duvida com todas as letras que parecem superficiais e insuficientes para trata-lo. E outras letras mais, que o tornam falso, imprudente.
Pura insegurança. Rebeldia de si. De todas as que habitam dentro dela, que ora carregam um peso imenso, ora parecem flutuar em devaneios construídos com o apreço de um coração apaixonado.

Tomou seu casaco, sua pasta. Seguiu em direção a compromissos inventados para ter uma desculpa por não querer pensar em mais nada. Queria apenas esquecer, mas tão amarga era a culpa.
Podia pedir desculpas, novamente. Pedir desculpas pelos pensamentos crueis e tão pontiagudos que a perseguiam quando, aflita, apenas dava espaço para a dúvida. Mas se não acreditava em alegrias ou tristezas, não podia acreditar na culpa, porque não sabia se era verdadeira ou mentirosa.
Podia pedir desculpas, novamente. Pedir desculpas pelos pensamentos crueis e tão pontiagudos que a perseguiam quando, aflita, apenas dava espaço para a dúvida. Mas se não acreditava em alegrias ou tristezas, não podia acreditar na culpa, porque não sabia se era verdadeira ou mentirosa.
Queria apenas esquecer.
Where are we now?