quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Equilíbrio, do Latim, aequilibrium.


Algumas vezes, quase sempre, os acontecimentos aparecem e não entendemos, tampouco sabemos de onde arrancar explicações.
Diversos fatores desalinham nosso pensamento. Nestas circunstâncias não nos encontramos desestruturados, mas, de certo modo, desamparados de nós mesmos – um mecanismo de autodefesa, talvez... Como um pai, que sabe as duras provas que o filho enfrenta, mas apenas observa e analisa distante, pois sabe que é parte do processo de amadurecimento.
Nossos olhinhos consumistas ensaiam inúmeras coisas e fatos e tempos ao mesmo tempo, e somos desejosos de tanto em um único segundo, que acabamos por ficar entre um emaranhado confuso de pedidos que lançamos no ar, e o que temos de volta é, quase sempre, a informação truncada de nosso exagerado desejo imediatista.
Não temos consciência de todo processo da nossa falha – aquilo que temos dentro de nós, que colocamos contra nós – apenas nos damos conta no fim do ato: um pensamento sem controle, o deslize na ação e na palavra oblíqua.
Prejuízos para o equilíbrio emocional, não apenas do agente, mas de todos os envolvidos e ouvidos.



"Alice: Ah, então vou seguir por aqui e visitar a lebre.
Gato: Quase esqueci, a lebre também é louca como o chapeleiro.
Alice: Mas eu não quero ficar perto de gente louca.
Gato: Tem medo de não se conter?"

Nenhum comentário: