quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Atenções

Uma atenção quase sempre não solicitada.
Uma atenção desgarradamente apressada.
Uma atenção lenta, descompromissada.
Uma atenção solitária, acompanhada.
Uma atenção que não carregue culpa.
Uma atenção que receba atenção, que aceite atenção como a que preciso.
Uma atenção sorrateira de quem vem por trás e coloca as mãos em nossos olhos para descobrirmos quem é!
Uma atenção de mensagem que fica gravada por anos.
Uma atenção precisada de silêncio, omissa da própria atenção, mas consciente.
Clara.
Íntegra.
Inteira.
Inteira, em suas parcelas tão ínfimas.
Pequenas.
Pequenas.
Pequenas.
Uma atenção de desculpas e maior ênfase nos bons tratos e palavras de cordialidade – eternas.
Uma atenção simples.
Tão simples.
Mas tão simples, que toma café com leite em copo americano, de manhã, na padaria.
Uma atenção.
Pedimos muito sem pedir?
Pedimos pouco e nada queremos?
Nada esperamos?
Esperamos pouco.
E quase sempre nunca chega.
E outras atenções que nunca saem de dentro de nós.



(you can only count with yourself)

http://www.youtube.com/watch?v=2bma42Kfj64

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