terça-feira, 12 de junho de 2007

Meio. Meia.


Meia hora, meio céu meio estrelado.
Meio tempo, meia fruta meia taça de vinho. Decanto, pranto. Encanto. Meia cor. Metade das poucas palavras ditas.
Metade das faces que se despedem, metade de uma flor. Colhida!

Metade das faces que se encontram. Desmedidas.

Feliz, metade dia metade tempo, metade hora, céu estrelado, decanto dos líquidos de corações em palavras, frases feitas, feito pensamento. Vento.
Precisas de certezas, mais que tudo! Tens o coração de quem te ama e não te basta? Chorou debaixo daquela árvore, depois fez seu regresso lento a casa. E seus amores ficaram todos por lá, debaixo de outras páginas, e outros amores em novos capítulos e tudo isso, de estranho, não te basta?

Saudade de dizer que sente saudade. Sentiu a saudade que engoliu, e acabou por dizer que sente-se tão bem, e somente consigo te fazes tão bem, mas sabes que ri de um jeito mais engraçado quando estás num capítulo onde tudo não é fácil ou é fácil, onde tudo corre certo ou difícil, ou do jeito que for para ser, mas estás com ela e pensas como és feliz! Pensas e ri! Seu riso fez falta, e quando retornou com aquela flor roubada conseguiram ser novamente o que planejaram, enquanto o ceú estrelava e nada precisava ser dito!
Mas e então. E relutou, e forçou-se em dizer, até que passou a acreditar na mentira. A mentira própria, sozinha e sem devido fundamento. Era feliz enquanto não pensasse o contrário.
http://www.youtube.com/watch?v=9W3ck3HpewE
Não existe, dentro do profundo espaço de tempo, alguma coisa para se dizer além da metade da dimensão do que se foi. E foi.



http://www.youtube.com/watch?v=_IivEGxl8qU

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