quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Segundos sagrados

Sentir, então, tudo o que existe ou pode existir. E se não existe?
Nessa imensidão, existe tudo o que existe ou pode existir. De verdade?
Talvez existam sonhos. E por isso a gente sonha.

Num instante, os segundos ficam em nossas mãos, para as horas perderem autonomia, e voarem, e seguirem junto dos ventos que passam e bagunçam o cabelo e a esperança de quem esteve o dia todo, observando.

Uma semana inteira aguardando o fim de semana inteiro. E o fim de semana inteiro aguardando as outras semanas inteiras. E a integridade dos meses para com seus expectadores é quase a mesma integridade dos meses para com os anos. E os instantes de todos os instantes, observando, enquanto os segundos pingam feito gotas de orvalho novo, numa manhã fria de um dia qualquer.
Um dia desses, era um dia normal. Um dia desses passei e li que estavam escrevendo cartas.
Escrevi e não li, e mandei várias cartas.
Um dia desses, minhas linhas tiveram sentido. Sem ruído. Minhas linhas tiveram sentido.
E a noite veio, e em mais um dia, se debruçou em minha janela para contar histórias.


http://www.youtube.com/watch?v=1soIIyrpF3g&mode=related&search=
u.u bate a cabeça na lata!

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