sábado, 22 de julho de 2006

Não tinha ninguém comigo...


Além do céu, um véu, infinitos pontos de esperança...
Era todo intangível, era tudo desconexo, era tudo diferente... mas as coisas só se tornam ruins e distantes de nós quando escolhemos assim...

Os remos que ali trabalham empurravam e empurravam com força. Tentando guiar o coração por algum caminho seguro. Remaram e esgotados pedíam uma ilha.
Em sua ilha, a sua fome, o seu cansaço.
Queriam um cardápio, uma vela!
Queriam uma brisa fresca que refrescasse o corpo do imenso esforço. O que restava era um abraço...
E a noite veio. Foi quando acordou e olhou. Viu o céu. Viu estrelas. Viu a noite matizada com o mar.

Não tinha ninguém ali consigo mas sentia-se seguro.
Não existiam lágrimas, mas existiam perguntas, e quem respondia era o frio:
“esqueça seu desespero, não existem respostas... não existem respostas...”

Porque ninguém vai mudar aquilo que aconteceu.
Seria bonito mudar pra melhor, aquilo tudo que nunca foi meu.
O meu melhor, diferente do seu. A sua febre e a insanidade desenhada de vermelho. A minha louca paciência, achava ainda tê-lo, laço, achava tê-lo sobre o meu olhar...

Sozinho num mar desconhecido, sem remos. A espera era tida, enquanto a noite prosseguia, enquanto o sono vinha...

E o nó se desfez, e ninguém teve dó. Quando é assim deixa, deixa e vai deixando. Eu durmo, sonho, mas digo não estar sonhando. Acordo, levanto, finjo estar sonhando.


http://www.youtube.com/watch?v=QCe2GwscXgo&search=You%20And%20Me%20%20%20Lifehouse

http://www.youtube.com/watch?v=R4cZ-_BgJKc

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