sexta-feira, 23 de abril de 2010

Confiança

s. f.
1. Coragem proveniente da convicção no próprio valor.
2. Fé que se deposita em alguém.
3. Esperança firme.
4. Atrevimento.
5. Insolência.
6. Familiaridade


E encerramos o assunto.
Não é que não queira dar margem para alguma exposição de idéias, mas simplesmente não existe o quê expor.
A palavra é simples. A ação é simples. O que se pode oferecer e o que nos sentimos privilegiados por receber.

É um sentimento legítimo, como ter fome – ou você está com fome, ou não está.
As vezes estamos com fomes específicas, não diretamente necessidade de comer, mas apenas vontade de algo que não se pode explicar com a lógica – pode ser um sorvete ou um cozido de legume. Por este lado pensamos então que não é tão legítimo assim, mas, no entanto, continua valendo a comparação com a confiança.

Por vezes estamos confiantes, plenamente confiantes, e isso é muito gostoso de sentir, a confiança verdadeira sem decepções... mas é raro. Em outros momentos, temos uma confiança específica, e é preciso ser aquela determinada confiança ativa e concreta para que façamos valer nossa norma.
Olhar para o próximo com carinho, e manter dentro de si aquela certa fome específica da esperança, de que não estamos errados. Dar as mãos e fechar os olhos, certos de que estaremos bem aparados.
Olhar para o próximo com carinho, e quando a fome não parece ser saciada, manter dentro de si um dos olhos abertos.
Desde um humor equilibrado a um estado de espírito, nossa essência, de certo, tomam por alicerce a confiança disposta em algum determinado pormenor que a cerca.

Confiar não é esperar na fila do restaurante por quilo, e adicionar a sua bandeja aqueles elementos que gostaria de fazer presente em sua vida.
A confiança é algo mais refinado, para onde vestimos nosso mais singelo sorriso e nos sentamos em uma pequena mesa... e então somos servidos.

Quando acompanhados, esperamos que as escolhas do que nos serão servidas estejam de acordo com a significância da companhia, e toda verdade que a cerca. Ter consciência de que a refeição realmente será partilhada.

Aquele que somos nunca é enganado quando não existe por objetivo ludibriar ou falsificar gestos tidos por verdadeiros. Por vezes esperamos receber as mesmas verdades que demonstramos, mas nunca podemos contar com isso, e infeliz o que não foi autêntico, pois perde a segurança dos jantares tranquilos.

Podemos fazer de uma pequena mesa, ornada com a simplicidade de sorrisos, a mesa mais bem posta que se imagina, apenas quando a confiança é plena.

(Se vamos nos servir em algum fast food, as opções não são lá essas coisas...)

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